quarta-feira, 4 de março de 2015

CRISE ENERGÉTICA



CRISE ENERGÉTICA

Iniciou-se quando governos anteriores, não comprometidos com os anseios da população, tencionando tão somente beneficiarem-se financeiramente, promoveram ações para desestabilizarem os setores: Energético, Telefônico, Ferroviário, Siderúrgico, Bancário, etc., a fim de promoverem as privatizações dos mesmos; pois a maioria deles foi desfalcada, através de uma corrupção sem precedentes. Somente na Cia.de Eletr.do Ceará-COELCE houveram desvios de dinheiro que somaram mais de R$1.000.000,00(hum milhão de reais)e para não haverem as investigações necessárias houve grande campanha institucional tentando mostrar ao povo que essas empresas estavam dando prejuízo ao Estado Brasileiro e deveriam ser vendidas ao setor privado.

No caso da energia elétrica o governo pregou a tese de que haveria um "apagão energético" que seria resolvido somente com a venda do setor. Antes porém, fomos forçados a economizar eletricidade e comprarmos produtos, teoricamente, mais econômicos, os quais em muitos casos não tínhamos condições de fazer tais aquisições. Na ocasião o preço do Kw/h não chegava a R$0,20(vinte centavos de real) e logo que o governo transferiu  as empresas públicas de distribuição de energia para a iniciativa privada, o valor do Kw/h passou para mais de R$0,40(quarenta centavos de real) e fomos incentivados a consumir mais energia, e que doravante seria com mais qualidade.

Moral da história: o apagão foi "uma farsa", as contas de consumo aumentaram mais que o dobro e desde então somos lesados pelas empresas que nos vendem esse produto com tarifas exorbitantes e de qualidade ruim.

A assembleia Legislativa do Ceará instalou uma CPI para apurar reajustes que a COELCE praticou acima do normal e constatou que a mesma comprava energia de uma outra concessionária(coirmã), que não gerava nenhum KW por um preço simbólico e nos repassava muitas vezes por mais do dobro nos lesando em mais de R$7.000.000.000(sete bilhões de reais) os quais a empresa deveria nos ressarcir e não o fez; pois recorreu à justiça e até agora está “o dito pelo não dito”.

Com a privatização a empresa adquirente deveria ter investido no setor para manter o sistema operando com ótima capacidade de geração e distribuição da energia com qualidade, o que não ocorreu, ficando somente o ônus para a população; pois na fatura somos obrigados a pagar todos os encargos possíveis, que aos olhos do povo, seria de competência da empresa distribuidora do produto em questão, tais como: PIS, COFINS, ICMS, Encargos Setoriais(onde está incluso seguro para possíveis roubos de fios, equipamentos e ligações clandestinas); outra incoerência é  a Taxa de Iluminação Pública que é cobrada em duplicidade quando se trata de condomínios residenciais e comerciais.

O Programa Luz Para Todos também é custeado pelos consumidores de melhor poder aquisitivo que cobrem as despesas dos menos favorecidos que era feito através de um fundo institucional mantido pelo governo federal que agora será repassado diretamente para as constas de energia.

Os valores a serem repassados para à população, por conta da ingerência do Governo Federal e das Concessionárias, ultrapassa a casa dos 23 bilhões de reais. A COELCE não quis pagar os 7 bilhões; mas nós teremos que pagar os 23. Isso é absurdo, ou não?

A quem cabe a responsabilidade, e a culpa?

Indignadamente,

Mauro Souza (Blog: WWW.maurogaiver.blogspot.com/ E-mail:tiomaurotomorrow@hotmail.com)